sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

São Paulo, o melhor lugar do mundo


O melhor lugar do mundo é aquele que você sente que pertence a ele.
Há pessoas felizes e realizadas em todos os lugares, que, aliás, são os mesmos locais em que há também pessoas insatisfeitas e amarguradas. Ou seja, antes de procurar o melhor lugar do mundo para viver, você deve encontrar-se a si mesmo, caso contrário, você sempre estará no lugar errado. Encontrar o melhor lugar para viver, ganhar a vida, criar filhos, etc, tem que ter a ver com essa missão. Isto significa pertencer a um lugar.
Em francês, terra é terre e terreno é territoire. Mas os franceses têm mais uma palavra relacionada: o terroir. Um território onde a geografia, a geologia e o clima interagem favoravelmente com a genética de determinada variedade de planta, dando como resultado um produto de qualidade excepcional. Um terroir é sempre um terreno, mas um terreno nem sempre é um terroir.
O homem é o guardião do terroir, e como tal, passa a fazer parte dele. Em geral são pessoas que, além do conhecimento e da dedicação, são dotadas de tamanha paixão, que faz com que misturem sua vida com a vida daquele local. Então um terroir é uma terra com paixão. Sem esse ingrediente, será apenas um terreno.
Meu terroir é a cidade de São Paulo, o lugar onde me sinto bem. O sertanejo do nordeste resiste a sair do local seco e inóspito, assim como o sofrido beduíno saariano e o estressado executivo nova-iorquino. Quando alguém muda, das duas uma: ou se encontra no lugar que encontra ou volta às origens. Sinto falta de seu agito e energia quando eu saio da daqui. É uma cidade grande de tudo, mas é meu lugar.

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