Se algo que você está fazendo é chato, esse algo pode ser chamado por você de importante, útil, necessário, etc, mas não podemos chamar de brincadeira. O brincar está relacionado ao prazer. Uma brincadeira deve sempre proporcionar alegria. Não pode ser trabalhoso. Nesse sentido, o lúdico tem caráter de liberdade e não da produtividade.
A brincadeira e os jogos, além de serem agradáveis, devem ser um incentivo ao desenvolvimento de novas habilidades e à busca de novos conhecimentos. Um bom jogo não é aquele em que você deve dominar e fazer tudo corretamente, o importante é que se possa jogar de maneira lógica e desafiadora, e que o jogo proporcione um contexto estimulador para nossas atividades mentais e amplie nossa capacidade.
Através da brincadeira, criamos um espaço de aprendizagem em que podemos nos expressar, de modo simbólico, nossas fantasias, desejos, medos, sentimentos, habilidades, etc. Daí a importância de jogos e brincadeiras no processo de aprendizagem.
Nos jogos e brincadeiras, começamos a estabelecer e entender as regras e respeito. Aprendemos a esperar a nossa vez e também a ganhar e perder. E com isso, aprendemos a autoavaliação.
Desse modo, nos jogos e brincadeiras, devemos elaborar e resolver conflitos e hipóteses de conhecimento e, ao mesmo tempo, desenvolver a capacidade de entender pontos de vista diferentes do nosso, de fazer-se entender e de coordenar o nosso ponto de vista com o do outro. Uma ótima forma de aprender a se relacionar em grupo, contribuindo para desenvolver a solidariedade e a cooperação.
Por meio dos jogos e brincadeiras, pode se criar uma série de situações que envolvam equilíbrio e outros desafios corporais com uso de objetos, de obstáculos e alvos. Combinados entre si, os jogos podem garantir situações significativas de aprendizagem, favorecendo o desenvolvimento cognitivo e social.
A aceitação e a utilização de jogos e brincadeiras como uma estratégia no processo de ensinar e do aprender têm ganhado força entre os educadores e pesquisadores. Por isso, o professor ou a professora, considera as brincadeiras uma forma de trabalho pedagógico que estimula o raciocínio e favorece a vivência de conteúdos e a relação com situações do cotidiano.
Essa estratégia de ensino e de aprendizagem em sala de aula deve favorecer aos estudantes, proporcionando a vivência de situações reais ou imaginárias, propondo aos estudantes desafios, levando-os a raciocinar, trocar ideias e tomar decisões.
Além disso, enquanto o professor ou a professora estimula o desenvolvimento intelectual dos alunos e alunas, também ensina, sem que elas percebam, os hábitos mais necessários ao seu crescimento, como persistência, perseverança, raciocínio, companheirismo, entre outros.
E agora que você aprendeu o valor das brincadeiras, vamos ensinar brincando ?