domingo, 14 de novembro de 2010

5 exemplos de interpretação bíblica ERRADA !

1. Espiritualizar o texto

Espiritualizar (ou alegorizar) é ir além da passagem em busca de um significado mais profundo ou oculto. O padrão torna-se a mente do intérprete.
Alguns têm considerado Cantares de Salomão como uma referência do amor de Cristo por Sua igreja. Esta é uma interpretação injustificável. O Cantares de Salomão fala sobre a grandiosidade do amor conjugal. Não há nada nesses cânticos que fale de Cristo ou da Igreja, nem que há alguma evidência no NT que indique que essas canções deveriam ser consideradas em outro sentido que não o amor conjugal.
Rosa de Sarom e o Lírio dos Vales (Ct 2.1) não têm nada a ver com Cristo. Ao invés disso, essa passagem se refere à jovem Sulamita, que se compara com flores delicadas.

2- Interpretar sem contexto


Interpretar sem contexto é amarrar uma série não apropriada ou inadequada de versículos bíblicos para provar nossa teologia.
Alguns líderes da Teologia da Prosperidade citam João 14.14, "Se me pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei". Eles interpretam esse versículo para dizer que podemos clamar pela fé o que quer que desejarmos (ex.: carro, riquezas etc.) enquanto afixamos "em nome de Jesus" no final de nossas orações. Eles não salientam que orar "em nome de Jesus" significa orar de acordo com o que Jesus deseja, não com o que almejamos por nós mesmos. Diversos outros textos revelam que a oração respondida é baseada na oração de acordo com a vontade de Deus (1 João 5.14-15); e orando com razões corretas e não com motivos egoísticos (Tiago 4.1-3).
Outros grupos interpretam incorretamente textos selecionados para sustentarem suas posições homossexuais (ex., a amizade de Davi e Jônatas em 1 Samuel 19.1; 20.41).
Interpretar um texto fora de seu contexto gera pretexto e pode conduzir a erro. A Escritura não pode ser divorciada de sua circunvizinhança imediata.
Quantas vezes você ouviu alguém mencionar que obteve uma resposta à oração por lembrar de Mateus 18.19-20? "Em verdade também vos digo que, se dois dentre vós, sobre a terra, concordarem a respeito de qualquer coisa que, porventura, pedirem, ser-lhes-à concedida por meu Pai, que está nos céus. Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles." Se você olhar cuidadosamente para esses versículos, notará que eles estão ligados de modo inseparável a Mateus 18.15-18. Os dois ou três citados não se ajuntaram para orar mas para, de certa forma, cumprir a disciplina da igreja.
2 Coríntios 3.6 condena a interpretação literal? "A letra mata, mas o Espírito vivifica". Esse versículo adverte contra o ter a Bíblia de modo muito sério ou literal? Não. Paulo nem sempre dirigiu o assunto da interpretação literal versus a espiritual. O contexto revela que a "letra" é a Antiga Aliança - a Lei de Moisés (isto é, "as letras gravadas nas pedras" - versículo 7). Assim, o contraste está entre a Antiga Aliança, que revela o pecado humano e por isso mata, e a Nova Aliança, que dá vida.
Algumas pessoas usam 2 Pedro 2.20 para ensinar que o cristão pode perder sua salvação: "Portanto, se [eles], depois de terem escapado das contaminações do mundo mediante o conhecimento do Senhor e Salvador Jesus Cristo, se deixam enredar de novo e são vencidos, tornou-se o seu último estado pior que o primeiro." O "eles" nessa passagem, entretanto, está se referindo aos falsos profetas tal como mencionado em 2.1. Essa passagem está se referindo a falsos profetas e não a cristãos.

3- Aplicar promessas específicas, feitas a Israel, à outras nações

Alguns cristãos gostam de reivindicar 2 Crônicas 7.14 para a sua própria nação: "se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e me buscar, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra." Esse versículo, entretanto, não tem nada a ver com outras nações.Não esqueçam disso! As promessas de Deus à Salomão e Israel não tem nada a ver com a América ou outro país aonde os cristãos vivem hoje em dia. Não importa quão espiritual ou humana uma nação se tornou.

4- Fazer dos fenômenos e experiências na Bíblia regras para os dias de hoje

Nem toda experiência que aconteceu na Bíblia é regra para hoje em dia. Precisamos ver se o princípio na passagem é ensinado em outra parte. Se o que aconteceu para alguém nos tempos bíblicos é considerado regra para todos os crentes, isso deve estar em harmonia com o que é ensinado em outras partes nas Escrituras.
O fato de Eliseu e Pedro terem sido capazes de ressuscitar mortos (I Rs 17 e At 9.36-43) não significa que Deus pretende que todos os crentes ressuscitem pessoas da morte. A Bíblia nunca diz que esse ato é regra para os crentes de hoje.
Expulsar demônios foi feito por Cristo e os apóstolos para validar suas proclamações de que o Reino está próximo (Mt 10.5-8; 12.28). Em nenhum lugar na instrução à igreja é dito para os crentes expulsarem demônios.
Abraão, Jacó, Davi e outros tinham mais de uma esposa. Isso significa que a poligamia é aceitável, como alguns crêem? Não, não é uma prática aceitável. Muito embora Deus não os tenha condenado individualmente por tais práticas, até onde os registros das Escrituras dizem a respeito, sabemos que a poligamia está errada porque Deus deu a Adão uma mulher e disse: "Por essa razão o homem deixará seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher, e eles se tornarão uma só carne" (Gn 2.24) e porque numerosas passagens no Novo Testamento falam da fidelidade conjugal a uma só esposa (Mt. 5.27, 31-32; I Co 7.2-3; Ef 5.22-23, Cl 3.18-19; ITs 4.3-7).

5- Desprezar um texto dito como cultural simplesmente porque ele não parece se ajustar com o pensamento da sociedade atual

A liderança do marido em casa (Ef 5.22-23)
A sociedade moderna rejeita com freqüência as diferenças de papéis entre homens e mulheres. Assim sendo, o pensamento de que o marido seja o líder e a mulher seja submissa ao seu marido é rejeitada com freqüência como sendo uma limitação cultural dos tempos de Paulo. Não há nada no contexto que limite esses mandamentos aos tempos de Paulo. De fato, a instrução para os maridos é baseada no exemplo do amor de Cristo por sua igreja.
As Escrituras deixam claro que a mulher não deve sustentar posições de autoridade acima do homem na igreja. Muitas igrejas cristãs, contudo, permitem que as mulheres sejam anciãs e pastoras. Passagens como I Tm 2.11-15, que expressamente proíbem posições de liderança para mulheres, são rejeitadas tais como um produto de uma sociedade machista. Nada, entretanto, em I Tm 2.11-15 indica que seus mandamentos são limitados àquele tempo e cultura. De fato, a liderança masculina é fundamentada na ordem da criação (2.13) e na queda (2.14).Não injete pensamentos correntes dentro do texto bíblico.Filosofia e psicologia não devem ser usadas como base para reinterpretação do texto bíblico.A influência da psicologia na igreja têm conduzido freqüentemente para uma deturpação de termos bíblicos e seus significados.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Cuidado com a língua !

Um dos erros mais comuns hoje em dia, para o qual poucas pessoas atentam, é o uso do nome de Deus em vão. A Bíblia afirma que usar o nome de Deus em vão é pecado e enfatiza que Deus condena tal prática (Êxodo 20.7). Logo, devemos evitar tal uso em nossa vida. Mas o que é usar o nome de Deus em vão?

Usar o nome de Deus em vão significa que o cristão não pode referir-se a Deus de forma vã (Brincadeira, brigas, músicas seculares), leviana (piadas), sem propósito ou desrespeitosament e quando o invocamos sem razão.

Não se pode usar o nome de Deus de toda forma.

Não se deve banalizar o nome de Deus.
Pense antes de falar:
Ai meu Deus!

Deus vai te ajudar
Deus te (lhe) abençõe
Deus te (lhe) ouça

Deus me livre!
Graças a Deus!
Meu Deus do céu!
Pelo amor de Deus!
Se Deus quiser...

Tenha fé em Deus
Vá ( ou fique) com Deus

Há lugares que se chama Espírito Santo, que por sua vez originam com o mesmo "nome" lojas, bancos, etc. Nem o nosso Hino Nacional tem adjetivos tãos grandiosos quantos os hinos dos times de futebol!
 

Jurar por Deus também é tomar o nome de Deus em vão. É pecado (Tiago 5.12). No Antigo Testamento, tal prática era comum, mas Jesus a aboliu (Mateus 5.34-36). Por quê? Porque somos falhos e muitas vezes nos equivocamos naquilo que pretendemos ou prometemos fazer. Por isso, não podemos jurar por Deus que faremos isso ou aquilo.

Jesus nos ensinou tão somente a declararmos a nossa intenção de fazer ou, se for o caso, o nosso desejo de não fazer ou a não possibilidade de fazê-lo. Nossas respostas devem ser sim, sim ou não, não (Mateus 5.37). Em outras palavras, só devemos declarar que pretendemos fazer algo quando queremos e podemos fazê-lo; e só devemos afirmar que não faremos algo quando, sinceramente, não podemos fazê-lo ou não o queremos. Não devemos mentir, enganar ou enrolar, mas ser sempre sinceros.

Tiago ainda diz que devemos dizer Se Deus quiser, farei isso ou aquilo, justamente por causa da nossa possibilidade de falhar, como seres humanos que somos, e da nossa total dependência de Deus, como servos dEle que também somos (Tiago 4.13-17). mas se atente para não usar a frase "Se Deus quiser" como amuleto ou fórmula sem pensar.